Um estudo da Universidade de Harvard revelou que o consumo regular de carnes processadas, como por exemplo salsichas, aumenta significativamente o risco de doença cardíaca coronária (DCC). No entanto, a carne vermelha não processada, não parece ser prejudicial, revela a pesquisa.
Os cientistas analisaram vários estudos envolvendo a participação de mais de um milhão de pessoas e concluíram que a ingestão de apenas 50g de carne processada por dia – o equivalente a uma ou duas fatias de presunto ou salsicha risco – aumenta enormemente o risco de diabetes e doenças do coração. Comer uma salsicha ao dia aumento em 42% o risco de doença cardíaca coronária.
A pesquisa, publicada na revista Circulation também mostrou que o risco não estava presente para as pessoas que consumiram duas vezes essa quantidade em carne vermelha não processada, como bife, carne de porco ou cordeiro.
Apesar de ambos os produtos terem valores semelhantes de colesterol e gorduras saturadas, a diferença pode estar no sal e conservantes que são adicionados a carne processada. Sabe-se que o sal na alimentação aumenta a pressão arterial em algumas pessoas, tornando-se um fator de risco chave para entender a causa de doença cardíaca.
Os estudos descobriram que os nitratos usados como conservantes podem causar aterosclerose (formação de depósitos de gordura nas artérias) e reduzir a tolerância à glicose, fatores que levam a problemas cardíacos e diabetes.
Durante décadas, os médicos e nutricionistas têm recomendado comer quantidades moderadas de carne vermelha, citando vários estudos como base para esta prática. No entanto, os estudos não haviam separado os consumidores de carnes processadas e não processados, levando a uma confusão de critérios.
O estudo recomenda o consumo de carne vermelha não processada preparada em casa com a menor quantidade de sal possível, evitando os produtos processados cujo processo de fabricação podem ter nitratos para aumentar a vida de útil da carne.